Bia Haddad única brasileira a entrar na chave principal em Roland Garros

Foto: Matthew Stockman / Getty Images Roland Garros é conhecido por ser o Grand Slam "mais brasileiro" de todos. Além do tricampeonato de Gustavo Kuerten e do título de Marcelo Melo, em 2015, o torneio costuma receber muitos tenistas do Brasil por ser disputado no saibro. Porém, em 2018, apenas uma está garantida na chave principal da competição. Bia Haddad Maia, atual 63ª do ranking da WTA, entrou direto e disputará o torneio pela segunda vez na carreira. No masculino, os jogadores vão precisar passar pelo qualifying.

Biografia: Aida dos Santos

Aida dos Santos
(Aida Menezes dos Santos)

Aida dos Santos (Rio de Janeiro, 1 de março de 1937) é uma ex-atleta brasileira. Participou de duas edições dos Jogos Olímpicos: em Tóquio 1964, ficou em quarto lugar no salto em altura. Quatro anos depois, nos Jogos da Cidade do México, ficou em vigésimo no Pentathlon. É mãe da jogadora de voleibol Valeska Menezes, e tem um instituto para promover a inclusão social por meio do atletismo e do voleibol. Em 2006, Aída dos Santos recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva no Prêmio Brasil Olímpico, e em 2009 foi agraciada com o Diploma Mundial Mulher e Esporte, uma premiação especial do Comitê Olímpico Internacional.


Iniciou-se na prática esportiva jogando vôlei na escola onde estudava, em Niterói. Nascida em Icaraí, estudou na Escola Estadual Aurelino Leal, em Niterói. Iniciou-se no vôlei, mas uma amiga a levou para o atletismo. Não teve apoio do pai no início. O pai cobrava que ela nada ganhava com a prática esportiva. Ele a proibiu e ela teve de participar das primeiras competições, levada às escondidas por uma colega. Apanhou muito e superou todas as contrariedades.

Sua amiga competia e ela também, à sombra da amiga, para o pai não saber. Até Aída bater um recorde no colégio e se decidir pelo atletismo, deixando de lado o vôlei. Foi após bater um recorde sul-americano, que Aida começou a dobrar a resistência do pai. Inicialmente, ele quis saber o que ela conseguiu, materialmente. O destino tramou a favor de Aída, pois ela apanhou muito do pai por insistir em ser atleta, foi jogar vôlei e foi descoberta por acaso ao bater um recorde como saltadora. E, como atleta de salto em altura, se consagrou, disputou Olimpíada, ficou famosa e, hoje é mãe de três filhos atletas.

A atleta deu um tempo na prática do vôlei, mas não o abandonou em definitivo. Sempre procurou nas horas vagas jogar vôlei e até hoje, aos 71 anos, Aida pratica ainda atletismo e vôlei. Recentemente, ela conquistou medalhas de campeã e vice em duas competições na categoria de master no vôlei. Seus filhos sempre foram incentivados por ela à prática esportiva e os três fizeram atletismo, natação, basquete e vôlei.

Patrícia e Sérgio Rogério, outros dois filhos de Aida, praticaram atletismo e disputaram competições nacionais e internacionais de vôlei e atletismo, seguindo também o caminho da mãe e ex-atleta famosa. Valeskinha se decidiu pelo vôlei e chegou à Seleção Brasileira, embora também tenha começado pelo Atletismo. Ganhou títulos pelo BCN/Osasco, de São Paulo. Hoje, está em um clube italiano. A atleta fez um caminho inverso da mãe. Começou no Atletismo e mudou para o vôlei. Hoje, é uma atleta consagrada, como Aida.

Aida marcou seu nome na história do Brasil nas Olimpíadas, ao conquistar o quarto lugar no salto em altura nos jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964. Esse foi o melhor resultado feminino brasileiro em Olimpíadas, ao longo de 36 anos. Em competições individuais femininas ainda não foi batido. Sem conseguir viver longe do esporte, ela disputa, atualmente, torneios da categoria master. Parou durante 15 anos, ficou sem fazer nada, mas teve uma angina e foi parar no CTI de um hospital. Recuperou-se e voltou para a vida esportiva. Aída deu nome a um instituto, em Niterói. O Instituto Aída Santos ocupa um espaço da UFF, onde Aida viveu muito anos lecionando e formando atletas. Atualmente, ela atende cerca de 100 crianças, que estudam e praticam as duas modalidades esportivas da preferência da ex-atleta: vôlei e atletismo. Os núcleos podem presentear o esporte brasileiro com futuros esportistas, com novas Aídas ou Valeskas, mas o objetivo principal, segundo Aida, vai além: "Quero formar cidadãos, mostrar para essas crianças que elas podem ter um futuro melhor e uma vida saudável e de bem", afirmou.

Aida teve três clubes na vida: o Fluminense Atlético, de Niterói, onde começou, e competiu pelo Vasco e por seu clube do coração, o Botafogo. Ela é formada em Educação Física e Pedagogia. Fez Educação Física na UFRJ e Pedagogia na Universidade Gama Filho e foi diretora e técnica de atletismo do Botafogo por muitos anos. Aída também foi professora de Atletismo, Vôlei, Basquete, Natação, Ginástica e Ginástica Olímpica e Futsal na Universidade Federal Fluminense, por onde se aposentou há 12 anos. Atualmente, ela ainda serve ao Botafogo. Ela é benemérita, conselheira e suplente do Conselho Fiscal do Alvinegro carioca.

Títulos
Campeã estadual, brasileira, sul-americana e Pan-americana de salto em altura

1967 – Pan-Americano (Winninpeg-Canadá) – medalha de bronze no pentatlo;

1964 – Olimpiadas de Tóquio – 4° lugar no salto em altura com a marca de 1,74m, e melhor classificação olímpica do atletismo feminino em todos os tempos).

Aída foi a única representante do atletismo nacional e única mulher da delegação do Brasil nos Jogos de Tóquio 1964. A atleta, que também disputava provas de 100 metros rasos e lançamento de dardo, participou sem uniforme, sem técnico, sem médico, sem sapatilha de prego.

1968 – Olimpíadas no México ficando na 22ª.colocação na prova do pentatlo

1971 – Pan-Americano (Cáli-Colombia) – medalha de bronze no pentatlo

Foi homenageada em 1995 na inauguração da pista de atletismo da UFF que tem o seu nome.

E em 2006 foi homenageada com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, entregue anualmente a uma personalidade com importante vida atlética.

Fontes: Agencia Lance, Wikipedia, FARJ

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Comentários

  1. Muito bom o texto, mas só há um errinho: Maurren Maggi já superou a melhor colocaçao feminina individual em Olimpíadas, quando em Pequim ganhou o ouro no salto em distancia. Abraços!

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