Bia Haddad única brasileira a entrar na chave principal em Roland Garros

Foto: Matthew Stockman / Getty Images Roland Garros é conhecido por ser o Grand Slam "mais brasileiro" de todos. Além do tricampeonato de Gustavo Kuerten e do título de Marcelo Melo, em 2015, o torneio costuma receber muitos tenistas do Brasil por ser disputado no saibro. Porém, em 2018, apenas uma está garantida na chave principal da competição. Bia Haddad Maia, atual 63ª do ranking da WTA, entrou direto e disputará o torneio pela segunda vez na carreira. No masculino, os jogadores vão precisar passar pelo qualifying.

Hipismo: Inspirada em guerreira alemã, Luiza Almeida busca semifinal em Londres

Luiza Almeida
Foto: Mauro Horita / Terra
>> Recém-classificada para os Jogos Olímpicos de 2012, a amazona brasileira Luiza Tavares de Almeida admitiu que o papel do Brasil no adestramento ainda é de coadjuvante. No entanto, para chegar pelo menos à semifinal em Londres, a amazona se inspira na garra de uma alemã: a medalhista de prata individual em Pequim, Isabell Werth.

Única representante da América Latina na disputa individual do adestramento em Londres, Luiza sonha com uma classificação à semifinal da competição.

"Medalha, realmente, está fora de cogitação. O Brasil é muito novo no adestramento, então é impossível de ganhar de nações que estão no esporte há mais de 400 anos", explicou a brasileira. "O meu objetivo agora é passar para a semifinal."

Na competição, dos 50 conjuntos - cavalo e cavaleiro - iniciais, metade se classifica à semifinal e 15 chegam à final. "Se eu conseguir estar entre os 30 melhores, já estarei muito feliz. Passar para a semifinal então, será maravilhoso", afirmou.

Em abril, Luiza viaja para a Alemanha para começar um treinamento intensivo para as Olimpíadas, e é exatamente neste país onde vive sua maior fonte de inspiração no esporte.

"A Isabell Werth é uma guerreira. Quando vai para a prova, parece que vai para a guerra", disse. "Ela já passou por situações muito difíceis, principalmente dentro de prova. Em Pequim, o cavalo dela empinou, ela conseguiu voltar e conquistou a medalha de prata. Essa mulher é impressionante. Eu sempre me espelho nela", acrescentou.

Além do segundo lugar individual, Isabell Werth também subiu ao pódio para receber a medalha de ouro por equipes.

Amadurecimento
Em 2008, aos 16 anos, Luiza se tornou a atleta mais jovem do hipismo a participar de uma edição das Olimpíadas, superando o compatriota Rodrigo Pessoa, que tinha 19 quando se classificou para os Jogos de Barcelona.

Às vésperas de sua segunda aparição na maior reunião esportiva do mundo, a brasileira ainda acredita que tem muito a aprender na modalidade e espera praticar o hipismo até a terceira idade.

"Com certeza (ainda tenho a amadurecer). Eu acho que num esporte que envolve um animal, como o hipismo, a cada dia você aprende algo novo. E experiência de prova, cada prova é uma prova", avaliou.

"Quanto mais você fizer, mais experiente vai ficar, e sempre tem mais. Isso é o gostoso do hipismo. O mais velho da Olimpíada de Pequim tinha 68 anos, então espero que ainda tenha muito mais Olimpíadas para mim", disse, se referindo ao japonês Hiroshi Hoketsu.

"Vida quase normal"
Ainda em processo de amadurecimento no esporte, Luiza não deixa de aproveitar a vida, mesmo que precise suar para adequar a apertada agenda de esportista, com treinos quase diários (folga somente às segundas-feiras), à rotina de estudante de direito.

"Eu consigo levar uma vida quase normal... namoro, saio com as minhas amigas, tudo certo", afirmou.

Luiza também aproveitou para comemorar o fato de não precisar seguir rígidos padrões físicos. "Com certeza, o hipismo é um esporte que, pelo atleta não ser o atleta físico - o atleta físico é o cavalo e eu digo que o atleta técnico é o cavaleiro -, então a gente não precisa estar super em forma, aquela dieta super balanceada, treinos fortes na academia. Não é assim", explicou.

Hipismo no Brasil
Luiza ainda precisa viajar para a Europa para especializar seu treinamento, mas a atleta acredita em um breve crescimento do hipismo no Brasil. "O adestramento é muito novo no País. As grandes potências estão na Europa e também nos Estados Unidos. Então, os grandes técnicos estão lá, os melhores cavalos também, as provas mais importantes são lá", comentou.

"Mas isso está mudando. O Brasil está investindo muito, a gente está trazendo provas internacionais para cá, técnicos estão vindo para cá. Eu sou uma das cavaleiras que defende que tem de se tentar ficar no Brasil, pois senão todo mundo vai para lá e o esporte aqui não evolui", disse a amazona. "Eu acho que até 2016 o Brasil vai virar uma potência no esporte", previu.

por Murilo Aquino - Terra

Comentários