Bia Haddad única brasileira a entrar na chave principal em Roland Garros

Foto: Matthew Stockman / Getty Images Roland Garros é conhecido por ser o Grand Slam "mais brasileiro" de todos. Além do tricampeonato de Gustavo Kuerten e do título de Marcelo Melo, em 2015, o torneio costuma receber muitos tenistas do Brasil por ser disputado no saibro. Porém, em 2018, apenas uma está garantida na chave principal da competição. Bia Haddad Maia, atual 63ª do ranking da WTA, entrou direto e disputará o torneio pela segunda vez na carreira. No masculino, os jogadores vão precisar passar pelo qualifying.

Handebol: O Olimpismo na prática

Atletas contam sobre a participação nos Jogos da Juventude, competição em que conquistaram o bronze

Caxias do Sul – Na agenda ficaram e-mails de atletas do Congo, Angola, Geórgia e Ilhas Cook. No paladar, a lembrança de uma comida que beira dois extremos: pimenta em excesso ou falta de sal. Como aprendizado, as lições do Olimpismo, que prega a educação por intermédio do esporte e do intercâmbio cultural, repassadas por medalhistas olímpicos do Brasil e do mundo. E, como se não bastasse, teve ainda a medalha de bronze. Foi assim o mês de agosto para as atletas Lais Bordin e Mirian Galvão, ambas de 18 anos. As duas jogam na equipe de handebol Luna ALG/Ordena/UCS/Prefeitura de Caxias e foram convocadas para as Olimpíadas da Juventude, uma versão dos Jogos Olímpicos tradicionais para atletas adolescentes, que ocorreram em Cingapura, no sudeste asiático.

As atletas viajaram no dia 15 de agosto. Antes disso, passaram 15 dias na República Dominicana, na América Central, onde disputaram o Campeonato Mundial Juvenil de Handebol. Uma competição importante também, mas talvez sem a didática de uma Olimpíada.

Em Cingapura, a preocupação do Comitê Olímpico Internacional (COI) era fazer os jovens vivenciarem o ambiente olímpico, mais do que os resultados. Nesta primeira edição, participaram 205 países e 3,6 mil jovens, de acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

– Tivemos palestras com o Giba, o Murilo e a Jaqueline, do vôlei, o Hugo Hoyama, do tênis de mesa, e a (russa Yelena) Isinbayeva, do atletismo. Como exemplos olímpicos bem sucedidos, eles passaram a mensagem de que todo o atleta sofre para conquistar seus objetivos – conta Mirian, natural de Rio Pardo e em Caxias desde 2006.

Nos dias em que não tinham partidas, as meninas de Caxias do Sul também precisavam cumprir horários. Havia reuniões entre a equipe feminina de handebol do Brasil, além de atividades na piscina e musculação.

Os atletas ficaram hospedados em uma vila olímpica, divididos em blocos. Nos horários livres era possível participar de atividades culturais sobre cada país participante. Mirian e Lais ainda conseguiram um tempo para conhecer um pouco de Cingapura.

– Fomos a Chinatown, uma região que lembra um camelô gigante. Quanto à alimentação, comemos principalmente massas e pizzas, já que a comida típica ou tem muita pimenta ou é uma massa fina, transparente, quase sem gosto – descreve a caxiense Lais.

As meninas contam que as Olimpíadas da Juventude mobilizaram a região e que os atletas receberam mensagens de incentivo escritas por estudantes cingapurianos.

– Durante as palestras e seminários se comentava muito para fazermos amizades com atletas de outros países. Sempre procuraram nos passar os princípios do olimpismo, do respeito. Isso nós conseguimos, já que conversamos e mantivemos contato com atletas de vários países, em especial dos que falam português ou inglês – relata Mirian.

Por: Fernanda Fedrizzi

Fonte: Pioneiro

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